ANDEP manifesta preocupação com reunião da ANAC

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) marcou para o final da manhã de hoje (22.11) reunião com os representantes das companhias aéreas, diretores da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e técnicos da Receita Federal. O encontro serve para tratar do esquema que será montado nos terminais aéreos para evitar os transtornos causados pelo aumento de passageiros em função do período de férias nesta época do ano. A ANAC entende que o risco de nova crise decorre da combinação de três fatores: a afluência em massa de passageiros estreantes, vindos da nova classe média; a venda de passagens além da capacidade das companhias aéreas; e o despreparo dos terminais em receber usuários que desconhecem os procedimentos de embarque

De acordo com o presidente da ANDEP – Associação Nacional em Defesa dos Direitos dos Passageiros do Transporte Aéreo, o advogado Cláudio Candiota, mais uma vez, lamentavelmente, ao invés de atacar a causa do caos aéreo, a ANAC tenta transferir a responsabilidade para terceiros. “Agora a ANAC culpa os passageiros, isto é, os novos usuários que, vindos de nova classe média, desconhecem os procedimentos de embarque. Tal alegação é totalmente desprovida de fundamento lógico. Qualquer pessoa, seja de que classe for, sabe como chegar a um balcão, apresentar um documento de identidade e receber um cartão de embarque e um cupom de bagagem”, enfatiza Candiota.

O dirigente afirma ainda que a causa do caos aéreo não está no passageiro e muito menos na sua classe social, mas, sim, na falta de gestão profissional que decorre do descumprimento da própria lei que criou a ANAC. Candiota lembra o Artigo 12 da lei segundo o qual os diretores da ANAC deverão ter elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais serão nomeados pelo Presidente da República, após serem aprovados pelo Senado Federal. “Como se sabe, desde 2006, quando a ANAC foi criada e – não por coincidência – explodiu a crise aérea, não se viu o cumprimento deste dispositivo legal”, salienta o presidente da ANDEP.

Candiota acrescenta que enquanto as leis não forem cumpridas e a gestão pública profissionalizada, as reuniões não terão o efeito esperado. “É muita pirotecnia para pouca eficiência. O resultado acaba sendo a transferência da responsabilidade pelo caos para o consumidor da nova classe média”, finaliza o dirigente.

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